Na casa típica alpalhoeira entra-se sempre pela cozinha, até o próprio burro passava pela cozinha para ir para o palheiro. Era na cozinha que se cozinhava ao lume, e que se comia. Na cozinha típica de Alpalhão não podia faltar a cinzeira, era uma buraca que estava por trás do lume, onde se guardava a cinza, que depois servia de adubo para a agricultura. O pial repleto de cântaros de barro para a água fresca. O friso da chaminé estava composto por tigelas, pratos de louça, terrinas e garrafas de vidro. A galera era o local onde se penduravam as panelas, tachos, frigideiras e os utensílios de cozinha. Era na cozinha que estava a preguiça, banco comprido de madeira, onde homem descansava e dormia a sesta no verão. Os candeeiros de petróleo e as candeias de azeita iluminavam as cozinhas de antigamente.
A corna, onde se levavam as azeitonas e o conduto para o campo, também estava na cozinha. Ao lume estavam a trempe e as panelas de barro. O altibanco de madeira, o lavatório de ferro com bacia e jarro para lavar a cara e as mãos, e os mochos, bancos de cortiça, também pertenciam à cozinha. O pote do azeite estava escondido no quarto, por ser considerado um bem precioso.
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